Fundamentos da Biologia Celular
O que significa estar vivo? Pessoas, petúnias e algas estão vivas; pedras, areia e brisas de verão não estão. Mas quais são as principais propriedades que caracterizam as coisas vivas e as distinguem da matéria sem vida?
A resposta inicia com o fato básico, que é dado como certo por biólogos no momento, mas marcou uma revolução no pensamento quando estabelecido pela primeira vez há 170 anos atrás. Todas as coisas vivas são feitas de células: pequenas unidades limitadas por membranas preenchidas com uma solução aquosa concentrada de químicos e dotadas com uma capacidade extraordinária de criar cópias delas mesmas pelo seu crescimento e divisão em duas. As formas mais simples de vida são células solitárias. Organismos superiores, incluindo nós mesmos, são comunidades de células derivadas do crescimento e divisão a partir de uma única célula fundadora: cada animal, planta ou fungo é uma vasta colônia de células individuais que realiza funções especializadas coordenadas por complicados sistemas de comunicação.
As células, portanto, são as principais unidades de vida, e é na biologia celular que devemos procurar por uma resposta para a questão de o que é vida e como ela funciona. Com a compreensão mais profunda da estrutura, da função, do comportamento e da evolução das células, poderemos iniciar a enfrentar os grandes problemas históricos da vida na Terra: as suas origens misteriosas, a sua maravilhosa diversidade, a sua invasão em cada habitat imaginável. Ao mesmo tempo, a biologia celular pode nos fornecer as respostas para as questões que temos sobre nós mesmos: de onde viemos? Como nos desenvolvemos a partir de um único óvulo fertilizado? Como cada um de nós é diferente de cada outra pessoa na Terra? Por que ficamos doentes, envelhecemos e morremos?
Neste capítulo, iniciamos olhando para a variedade de formas que as células podem apresentar e também damos uma olhada rápida na maquinaria química que todas as células têm em comum. Então