Fundamentos Ações Preventivas de Saúde

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA A conceituação de saúde e doença como dois estados, mutuamente exclusivos e estáticos, com precisa demarcação de limites entre um e outro, é facilmente refutada pela simples observação do que acontece com cada um de nós e com aqueles com que convivemos. Em um dado momento, haverá os que apresentam condições excelentes, sem quaisquer queixas, os que estão bastante, bem, os que se sentem menos do que bem e os que estão definidamente doentes. Cada um deles pode ter modificada essa condição de saúde, com o decorrer do tempo. Assim, podemos pensar em uma escala que expressaria graus de saúde, desde um ótimo ideal até o zero que corresponde à morte. Apenas este ótimo ideal é focalizado na definição de saúde adotada pela OMS, descrevendo-a como “um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença ou defeito”. Uma definição mais dinâmica é a de Perkins (1938): “Saúde é um estado de relativo equilíbrio da forma e da função do organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças que tendem a perturbá-lo. Não se trata de uma aceitação passiva, por parte do organismo, da ação das forças que agem sobre ele, mas de uma resposta ativa de suas forças operando no sentido de reajustamento”. Com esta conceituação, por trás de qualquer condição de saúde, ou, se preferimos dizê-lo assim, por trás de qualquer condição de saúde ou doença, estão os fenômenos de constante alteração; é a batalha continuada em que se empenha o homem para manter um balanço positivo contra as forças biológicas, físico-químicas, mentais e sociais que tendem a romper o equilíbrio que corresponde ao seu grau de saúde. À medida que a patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados, ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células,