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Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, houve uma drástica desaceleração do fluxo internacional de comércio, aumentado as dificuldades para a exportação do café brasileiro; paralelamente, o conflito mundial favoreceu o nosso processo de industrialização. A interrupção da entrada de capitais estrangeiros e a obrigação de honrar seus compromissos externos, minaram os estoques de divisas nacionais. Consequentemente, foi necessário controlar as importações, já prejudicadas pela guerra, e promover a produção nacional de artigos industrializados. Estima-se que nesse período a produção industrial brasileira cresceu a uma taxa anual de 8,5%.
A guerra incentivava e criava limites para à expansão da nossa indústria ao impedir a reposição e manutenção de máquinas e equipamentos. O Brasil continuava carente de uma indústria de base que possibilitasse a produção de aço, ferro e cimento. O início da nossa produção de aço data-se somente de 1924, pela Siderúrgica Belgo-Mineira, e a do cimento, pela Companhia de Cimento Portland em 1926.
O processso de industrialização da década de 20 teve dois momentos: o primeiro até 1924, coincidindo com a terceira valorização do café (1921-24), quando foram feitos importantes investimentos em maquinários, que levaram à modernização da indústria; o segundo, de 1924 até 1929, quando ocorreu um processo de desaceleração na produção industrial, em virtude da retomada das importações graças a uma taxa de câmbio que tornava mais barato o produto estrangeiro. (FGV - CPDOC)
A industrialização brasileira, durante as décadas de trinta e quarenta, ocorreria, quase exclusivamente, à partir de empreendimentos nacionais. Nos anos 30, a crise financeira e a redução da acumulação interna das empresas dos países industrializados, conseqüente da queda nas taxas de lucro, reduzia a capacidade delas procurarem realizar investimentos no exterior, numa época em que ainda era bastante limitada a vocação das grandes empresas adotarem