Fsioterapia
A Reabilitação Física no Brasil teve um grande salto a partir da 2ª Guerra Mundial, pelo envolvimento do país e devido à necessidade de reabilitação de soldados com sequelas da guerra. Os reflexos desta participação geraram o desenvolvimento dos serviços de Fisioterapia no Rio de Janeiro, São Paulo e criação de novos serviços em outras capitais do país. A partir daí, os médicos passaram a se preocupar mais com os resultados de seus tratamentos na reabilitação física e então se empenharam em investir no ensino da Fisioterapia como recurso terapêutico.
Em 1951, é iniciado na USP, em São Paulo, o 1º curso do Brasil para formação de Técnicos em Fisioterapia. As primeiras turmas apenas auxiliavam os médicos que prescreviam os exercícios com ou sem carga, o uso do calor, luz, banhos e rudimentares recursos de eletroterapia. A primeira definição oficial da ocupação do fisioterapeuta, emitida no parecer 388/63 do Conselho Federal de Educação em 1962, definia o profissional como auxiliar médico e que lhe competia apenas realização de caráter terapêutico (ou seja, era incapaz de avaliar o paciente), que a execução das mesmas tarefas deveria ser precedida de prescrição médica e o exercício profissional era desempenhado sob a orientação e responsabilidade do médico. Portanto, não competia ao Fisioterapeuta o diagnóstico da doença ou deficiência a ser corrigida, mas só o cumprimento das tarefas ordenadas pelo médico.
Em 1969, a Junta Militar que governava o país assinou um decreto-lei que representou um salto excepcional para o reconhecimento profissional do Fisioterapeuta onde ficou definido como atividade privativa do Fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicas com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. Por mais contraditório que possa parecer, no período onde mais se desrespeitaram os direitos humanos no Brasil, os direitos dos usuários de Fisioterapia puderam ser