frutos do cerrado
Araticum, buriti, cagaita, ingá, jatobá, mangaba, pitaya, pitomba e pequi esses nomes estranhos são de frutas, ilustres desconhecidas da maioria dos brasileiros, mas que deveriam estar entre as vedetes da alimentação saudável. Quem joga os holofotes sobre essas espécies típicas do cerrado são cientistas de várias regiões do país, que estudam a fundo suas propriedades terapêuticas. As pesquisas mostram uma forte presença de nutrientes e substâncias antioxidantes, capazes de diminuir o risco de doenças graves, conta a nutricionista Alinne Marin, da Universidade de Brasília, no Distrito Federal. (MEDEIROS, Machado Antonio).
No interior de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, concentrou seus estudos sobre o buriti e descobriu que, entre todos os vegetais brasileiros, ele é o grande campeão em carotenoides, substâncias responsáveis por dar origem à vitamina À no nosso corpo. Esses compostos ajudam a proteger a pele, os pulmões e o coração e estão associados à redução do risco de câncer e outros males degenerativos, enumera a engenheira de alimentos Gláucia Pastore, autora do trabalho. Os buritis, coquinhos amarelos produzidos por uma palmeira, são consumidos na forma de sucos e geleias, mas, como têm sabor levemente agridoce, também caem muito bem em receitas salgadas entre outras.
Outro fruto chama a atenção desses verdadeiros caçadores de substâncias do bem. Trata-se da macaúba, uma excelente fonte de minerais, como o cálcio, que preserva os ossos, e o magnésio, que contribui para o bom funcionamento dos músculos e dos nervos, revela Alinne. Já o perfumado araticum, que se assemelha à fruta-do-conde mas tem sabor mais adocicado, e a cagaita, da família das goiabeiras, apresentam altos teores de vitaminas do complexo B. Nesse quesito, ganham de frutas mais comuns, como o abacate e a banana. A cagaita ainda é rica em vitamina C e pode afastar a prisão de ventre, garante o engenheiro agrônomo José Orlando Madalena, da