Fronteisras; Mulheres na costa Oeste do Paraná
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Produção Historiográfica da Prostituição no BrasilA prostituição como fenômeno na sociedade brasileira é uma constante desde a Colônia.
Introdução
A prostituição como fenômeno na sociedade brasileira é uma constante desde a Colônia. Tem sido objeto de estudo das ciências sociais a partir da segunda metade do século XX, mas quanto à produção historiográfica existem poucas obras com o objeto da prostituição em destaque no Brasil. Um fato irrefutável da história, que geralmente fica esquecido da historiografia oficial por tratar-se de material marginal à história, é o de que a prostituição permeia todas as classes de uma sociedade, ela é uma determinante no cotidiano, e uma forma segura de analise dos excluídos da história.
Neste trabalho foram analisadas três diferentes produções. Uma refere-se ao cotidiano das prostitutas predominantemente na segunda metade do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. A segunda detém-se ao período dos anos trinta em São Paulo e por fim um artigo que analisa a prostituição em Porto Alegre nos anos 10. Neste trabalho procuramos analisar as capacidades e as conclusões dos diferentes autores sobre estas três diferentes cidades em três períodos da história deste país.
A primeira imagem que se cria sobre o tema: Prostituição no Brasil; é algo que ocupa nosso imaginário com cenas típicas da cidade do Rio de Janeiro, no bairro boêmio da Lapa com mulheres vagando entre as noites em vestidos curtos e colares de colo no início do século XX. Invade-nos também a imagem das chinas gaúchas e das mulheres do nordeste. Mas os trabalhos sobre prostituição no país são poucos, porém lúcidos.
Cabe salientar que a maioria dos trabalhos sobre prostituição decorre da Sociologia, apoiados na obra de Michel Foucault e seus clássicos sobre sexualidade. Trabalhos de História sobre o tema são mais raros e merecedores de especial atenção.
Análise Historiográfica
Nossa abordagem inicia no trabalho de Margareth Rago. Em seu livro Os Prazeres