Fronteiras entre circulante e longo prazo
IVAN DANTAS DE ANDRADE
Contador: Professor da Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA ( Recife).
Diretor Técnico da Cooperativa de Peritos Judiciais do Estado de Pernambuco.
Este trabalho se propõe a apresentar a convergência entre os conceitos doutrinários e legais inerentes à classificação contábil dos bens, direitos e obrigações, quanto à realização e exigibilidade nos agrupamentos circulantes e de longo prazo.
No mundo moderno, o principal produto da sociedade é a informação, e é este o produto da Contabilidade em relação aos patrimônios, sejam eles públicos, privados, singulares ou complexos, isto é, seja o patrimônio da pessoa natural ou até dos grandes conglomerados industriais, comerciais ou de serviços.Esses patrimônios são mensurados e analisados, e deste processo se geram os relatórios pela Contabilidade para os usuários interessados, que a cada dia evoluem em quantidade, diversificação e exigências. Essa mudança de expectativa dos usuários da informação contábil exige do profissional de Contabilidade um aperfeiçoamento contínuo e uma atenção redobrada na produção da informação sob sua responsabilidade.
Em observação aos temas apresentados no XV Congresso Mundial de Contadores realizado em Paris, de 26 a 29-10-97, interpretados e publicados na RBC pelo Contador Benemérito das Américas Hilário Franco, verificou-se que existe uma preocupação global dos usuários das demonstrações contábeis com a qualidade, a transparência, a confiabilidade, a comparabilidade e a uniformidade desses relatos.
Neste trabalho, pretende-se tratar de um detalhe, talvez considerado irrelevante dentro do nível de complexidade do sistema de informação contábil, mas que tem causado interpretações variadas, quanto à classificação dos elementos patrimoniais, no que concerne ao tempo de realização e de exigibilidade dos bens, direitos e obrigações no ativo e passivo circulantes.
Sem o pretexto de esgotar o assunto ou