FROM HELL Nat lia Borges 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

RESENHA E ANÁLISE CRÍTICA DO FILME FROM HELL
DOCENTE: Eudes da Silva Velozo
ALUNA: Natália Borges de Carvalho
DISCIPLINA: Saúde, drogas e ficção

Londres, 1888, era vitoriana, revolução industrial, miséria absoluta. As mulheres têm duas opções: ou trabalham nas fábricas ou viram prostitutas. No meio dessa desgraça toda, surge um Serial Killer que mata várias moças de vida “fácil” das formas mais cruéis possíveis. Seu nome entraria nos anais: Jack, o Estripador. Até hoje não se sabe quem foi esta figura, uns acham que era um médico americano, ou um membro da maçonaria, ou o próprio príncipe, herdeiro da severa rainha o qual era portador de sífilis, que é uma doença infecto-contagiosa crônica sexualmente transmissível que desafia há séculos a humanidade e acomete praticamente todos os órgão e sistemas. A sífilis é causada por uma bactéria gram negativa, chamada Treponema Palleduim. A doença é subdividida em três estágios: O primário (cancro duro) no qual surgem ínguas indolores nas regiões próximas ao cancro duro; Secundária (sífilis latente) na qual surgem erupções na pele e o Terciário (sífilis tardia) na qual os sintomas aparecem entre 3 e 12 anos após a infecção por lesões cutâneo-mucosas, neurológicas, cardiovasculares e articulares. No século XIX, época em que se passa o filme, o tratamento da sífilis era realizado com drogas a base de mercúrio, arsênico, bismuto e iodeto, sendo que o mercúrio causava efeitos colaterais nos enfermos, além de ser um tratamento de alta toxidade e baixa eficácia. No filme, um dos tipos de preconceitos abordados, é para com os portadores de sífilis, que como o príncipe tinham que ficar isolados socialmente. Esse preconceito estava ligado principalmente a promiscuidade, visto que as prostitutas (ponto discutido no filme) eram fontes potenciais da doença, o que levaria a sociedade a associar a doença do príncipe com sua relação com prostitutas. Além disso, o