Friedrich wilhelm nietzsche
Nasceu numa família luterana em 15 de outubro de 1844, filho de Karl Ludwig, seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor. Entretanto, Nietzsche rejeita a "fé" durante sua adolescência, e os seus estudos de filosofia afastam-no da carreira teológica. Muitos estudiosos da época tentaram localizar os momentos que Nietzsche escrevia sob crises nervosas ou sob efeito de drogas (Nietzsche estudou biologia e tentava descobrir sua própria maneira de minimizar os efeitos da sua doença). No ano de 1889, Nietzsche atingiu em sua vida psíquica fortes crises de loucura, vindo a falecer em 25 de Agosto de 1900 na cidade de Weimar.
Nietzsche e a liberdade
A singular interpretação nietzschiana da liberdade afasta dos discursos metafísicos e religiosos, que opõem o homem e mundo, arbítrio e necessidade. Sob este ângulo, o homem só pode ser realmente livre ao integrar-se voluntariamente aos impulsos típicos da terra. Ele atinge o âmago da liberdade ao afirmar o universo em sua totalidade, ao aceitar reverencialmente a necessidade. Na celebração do eterno retorno de todas as coisas, na adesão ao jogo dionisíaco do mundo, ele viverá uma existência plenamente criativa - uma existência artística -, gerando, sem cessar, novos valores. Para Nietzsche a concepção de liberdade, mostra o quanto ela se afasta radicalmente da concepção moral e como se aproxima da criação e da arte, uma vez que tal concepção estaria fundamentada na autonomia do homem, criador incessante de valores. De acordo com essa perspectiva positiva, o livre-arbítrio humano é criador, ou seja, o ser humano teria a capacidade de fixar continuamente novos valores, desfazendo e refazendo avaliações. Portanto, para além do bem e do mal estabelecidos pela moral e pela religião, tal como um artista, o homem criador estaria no devir de construir e destruir formas, avaliações, valores,