Freud

Mal-estar na civilização
Freud defende que as pessoas valorizam tudo que os outros possuem e ‘’ignoram’’ tudo que realmente há de valoroso em suas vidas. Os indivíduos buscam poder, sucesso e riqueza que é reflexo da sociedade moderna. Aqueles que não anseiam esse poder, não são considerados grandes homens. Ele afirma que a religião é uma ilusão, nada mais é que um consolo e que não afeta todas as pessoas, por isso classificou-o como subjetivo, por mais que a maioria a sentisse, sempre haveria uma parcela que não reconheceria esse sentimento oceânico, comum (Como o próprio Freud).
Uma das coisas que mais temos certeza é do próprio Eu (o Ego) que é algo unitário e autônomo. O Ego demarca o que é interior e exterior, porém no auge do sentimento de amor, ele não se apresenta deste modo. Ocorre, portanto uma confusão na fronteira entre o ego e o mundo externo, o ‘’eu e o ‘’tu’’. As crianças não nascem com o mesmo sentimento do Ego que existem nos adultos. Ele passa por um processo de desenvolvimento, é desenvolvido a partir das vivências e experiências no decorrer de sua vida e não possui as delimitação que separam o interno do mundo externo. Para que ocorra o processo de desenvolvimento do Ego, e, posteriormente, do reconhecimento de um exterior, o indivíduo precisa experimentar sensações de sofrimento e desprazer que serão afastados pelo princípio do prazer. A partir disso, surge a tendência a isolar da consciência tudo que pode tornar-se doloroso e ‘’poupar’’ o Ego. Com isso surgem os conflitos, pois o Ego está em constante busca dos desprazeres que nem sempre são satisfeitos já que o ‘’exterior’’ não permite. Esta diferenciação do que é interno (Ego) e externo é necessária para que possamos nos defender das sensações que desejamos e nem sempre podemos experimentar, afim de desviar tais sensações que surgem no interior com os métodos para afastar os desprazeres, por exemplo. O controle dos desejos e sensações internas é responsável pelos distúrbios