Freud
A religiosidade tem origem em um sentimento qualificado como oceânico. Um sentimento que dá a sensação ao indivíduo de unidade com o mundo externo. O autor diz que nosso ego e o mundo externo tem fronteiras bem delimitadas com exceção de casos patológicos e “no auge do sentimento de amor”.
O ego ao longo da vida vai se separando do mundo exterior através dos sentimentos de desprazer e sofrimento. Esse sentimento “oceânico” seria um resquício da separação entre ego e o mundo externo. O autor remonta este sentimento à amamentação e as consequências psíquicas que ela gera em nós quando recém-nascidos.
Freud propõe que na consciência convivem resquícios de fases posteriores que sobrevivem e convivem com as atuais.
O sentimento oceânico preservado e atuantes em alguns é o que seria a fonte das necessidades religiosas.
Freud aponta a religião ( um sistema de doutrinas que explicam os enigmas do mundo e garantem uma Providência sob a figura de um pai ilimitadamente engrandecido) como algo extremamente infantil, humilhante e estranho à realidade.
“Aquele que tem ciência e arte tem religião, o que não tem nenhuma delas, que tenha religião”.
A vida é difícil demais para a vivermos sem medidas paliativas:
derivativos poderosos: medidas que extraem luz de nossa desgraça (atividade científica por ex.). satisfações substitutivas: ilusões em contraste com a realidade (ates). substâncias tóxicas.
Somente a religião responde à questão do propósito da vida.
Os homens buscam felicidade. Buscam a ausência de sentimentos ruins e experiências de intenso prazer. A felicidade é derivada do contraste; situações inesperadas de prazer são mais intensas do que situações prazerosas que se prolongam.
O sofrimento nos ameaça à partir de três direções: de nosso próprio corpo; do mundo externo; de nossos relacionamentos com outros.
O autor aponta o último como o pior de todos. Todo sofrimento é