Freud
EDUCAÇÃO NO ORIENTE MÉDIO
PATOS DE MINAS, FEVEREIRO DE 2014. Nas civilizações orientais não há propostas pedagógicas. As preocupações com a educação permeiam os livros sagrados, que oferecem regras ideais de conduta e orientação para o enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos e morais. Nas civilizações orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população, composta por lavradores, comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. O conhecimento da escrita e bastante restrito. No Egito, as escolas funcionam nos templos e em algumas casas. Apesar do forte teor religioso da cultura egípcia, as informações são muito práticas. Poucas são as informações sobre os métodos educativos da civilização babilônica, destaca-se a cultura da poderosa classe sacerdotal, o aprendizado é longo e se têm amplo conhecimento de astrologia. O Hinduísmo se baseia nos livros sagrados dos Vedas. Se nas civilizações orientais as divisões de classe são marcantes, na Índia estabelecem extrema discriminação. A história da China revela uma das mais tradicionalistas culturas, que se mantiveram sem grandes mudanças mesmo nos tempos recentes. Ao contrário das demais civilizações antigas, cujo saber pertence a uma classe sacerdotal, na China os letrados são mandarins, altos funcionários de estrita confiança do imperador e responsáveis pela máquina burocrática do Estado. A educação elementar visa à alfabetização, muito difícil e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. Tudo é feito de maneira rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização. Os hebreus estão impregnados da religiosidade e da ação dos profetas, na realidade seus primeiros educadores. Um aspecto do judaísmo é a importância dada a todo ofício e o reconhecimento do valor da educação manual.