FREUD TRES ENSAIOS SOBRE A SEXUALIDADE
O chucar que se encontra no lactante e pode persistir por toda a vida adulta, ou até a maturidade, consiste na repetição rítmica de um contato de sucção com a boca (os lábios), do qual está excluído quaisquer propósitos de nutrição. Os próprios lábios ou qualquer outro ponto da pele pode ser tomado como objeto sobre qual é exercida essa sucção. O sugar com deleite alia-se a uma absorção completa da atenção e leva ao adormecimento, ou mesmo a uma reação motora numa espécie de orgasmo. Seguindo esse caminho, diversas crianças passam do chucar para a masturbação; e podemos constatar que esses fenômenos que podemos discernir através da investigação psicanalítica nos autoriza a ver no chucar uma manifestação sexual e a estudar justamente nele os traços que são essenciais na atividade sexual infantil.
AUTO EROTISMO
A pulsão não está dirigida para outra pessoa, desta maneira satisfaz-se no próprio corpo, é auto erótica. No início a satisfação da zona erógena deve ter se associado com a necessidade de alimento, ou seja: a atividade sexual apóia0se primeiramente numa das funções que servem á preservação da vida, para depois se tornarem independente delas. Uma criança saciada recua do peito e cai no sono com as faces coradas e um sorriso beatífico, e há de dizer a si mesmo que essa imagem persiste também como forma de expressão da satisfação sexual em épocas posteriores da vida.
Não são todas as crianças que praticam esse chucar, é de se supor que aquelas que a significação erógena da zona labial for reforçada; tais crianças uma vez adultas, serão ávidas apreciadoras do beijo, tenderão a beijos perversos ou,se forem homens, terão um poderoso motivo para beber e fumar.
No chucar podemos observar três características vitais da manifestação infantil. Esta nasce apoiando-se numa das funções somáticas vitais, e ainda não conhece nenhum objeto sexual, sendo auto-erótica, e seu alvo sexual acha-se sob o domínio de uma