Freud - principais conceitos
Freud tentava explicar os fenômenos psíquicos repetitivos de natureza não prazerosa, que poderiam ocorrer em forma de sonhos repetitivos angustiantes, sintomas masoquistas ou neuroses traumáticas. Então, constatou que essas estranhas repetições, decorriam de uma força pulsional, algo inconsciente que mais tarde chamou de “pulsão de morte”.
Descreveu também como sendo fenômenos repetitivos a “neurose do destino”, a “neurose traumática” e a “transferência”.
A Compulsão à Repetição pode ser dividida em dois tipos: aquela vinda das pulsões incontroláveis e a compulsão vinda da tentativa do ego de controlar os estímulos traumáticos através do mecanismo da repetição.
PULSÃO
O termo Pulsão utilizado nas obras de Freud foi primeiramente traduzido como sinônimo de Instinto. Na verdade, Freud utilizava dois termos originais em alemão: Instinkt e Trieb, com significados diferentes. Quando Freud utilizava o termo Instinkt, estava se referindo aos instintos biológicos, e não às pulsões.
Atualmente, traduz-se o termo Trieb como Pulsão, no português.
Na obra de Freud, a pulsão aparece como um processo dinâmico que visa descarregar a tensão acumulada por energias psíquicas interiores em busca do estado de equilíbrio psíquico. A pulsão não estaria localizada no corpo nem no psiquismo, mas entre eles.
Freud define quatro fatores que constituem a pulsão:
- A Fonte (o lugar de origem das excitações corporais que impulsionam a busca de suas necessidades)
- A Força (medida da quantidade da energia pulsional, ou da exigência de trabalho que ela exige do psiquismo)
- A Finalidade (é a satisfação da pulsão, que leva a um estado de equilíbrio psíquico)
- O Objeto (local para onde é direcionada a energia, que pode ser interno ou externo, é mutável e variável)
Inicialmente, Freud distinguiu a existência de dois tipos de pulsões: As Pulsões do Ego