Frequência de anemia em uma população de idosos do município de aurora-ceará
1 - INTRODUÇÃO
A proporção de idosos da população brasileira vem crescendo de forma rápida ao longo dos últimos anos, isso se deve ao declínio das taxas de mortalidade e de fecundidade. De acordo com as projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, a população aumentará cinco vezes, enquanto o grupo etário com idade superior a 60 anos estará se ampliando 15 vezes, representando cerca de 34 milhões de pessoas. Desta forma, o Brasil ocupará o sexto lugar do mundo em contingente de idosos (PAULA, 2008).
Durante o envelhecimento, há perda progressiva da massa magra, bem como massa óssea e água total do organismo, aumentando a proporção de gordura corpórea, além da diminuição da estatura, relaxamento da musculatura abdominal e alteração da elasticidade da pele. Os idosos apresentam ainda uma série de alterações nos fatores fisiológicos como a diminuição da percepção sensorial (paladar, olfato, visão, audição e tato), associado ou não a inabilidade física para aquisição e preparo das refeições, bem como o baixo poder socioeconômico e a presença de doenças que interferem no apetite, consumo e absorção dos alimentos, tornado difícil a manutenção de um bom estado nutricional (PAULA, 2008). Uma deficiência nutricional significativa é rara nas populações ricas, no entanto pode estar presente entre os povos pobres, nos idosos, e entre determinados grupos que requerem fontes nutricionais especiais, ex: crianças em crescimento, mulheres grávidas ou pacientes submetidos a dietas restritas por escolha ou por necessidade. A má absorção dos nutrientes, ou defeitos nas enzimas digestivas, também levam a condições patológicas como a anemia (ROBERT, 1990). O paciente idoso, em geral, já tem o aparelho circulatório comprometido e, conseqüentemente, terá menos reservas para se adaptar à condição anêmica, e seus sinais e sintomas serão mais