Frei Caneca e o Jornalismo
Joaquim da Silva Rabelo, ou melhor, Frei Caneca, foi um revolucionário político, que nasceu em Recife (PE) em 1779 e faleceu no ano de 1825. Foi professor de Geometria e Retórica e pertencia a ordem dos Franciscanos Carmelitas. O nome Caneca surgiu em homenagem ao trabalho de seu pai.
Sua vida aconteceu no período em que o Brasil ainda convivia com o senhor de escravos. Era uma época de mudanças pois o centro do poder se deslocava do Nordeste para o Sudeste, quando Salvador deixava de ser a capital do país e passa para o Rio de Janeiro.
Com o exercício da retórica e a eloquência, Caneca construiu a sua forma de fazer jornalismo, sendo pela escrita ou a palavra falada, utilizando das regras para atingir seu público. Até podemos dizer que ele iniciou o jornalismo opinativo. As apresentações de Frei Caneca sobre a eloquência e a retórica podem ser alicerce de estudos de jornalismo.
Hoje, o contexto do jornalismo tem como apoio a objetividade, a veracidade e a fidedignidade, assunto que Caneca retrata ao se dirigir sobre as virtudes na narração dentro a eloquência. O jornalista, ao desenvolver a notícia, baseia-se em apontar as informações que são relevantes, apresentar provas e argumentações sobre o assunto e chegar a uma conclusão lógica para quem leu, ouviu ou assistiu a notícia, assim também como o Carmelita descreve como deve ser a retórica e a eloquência.
Frei Caneca desenvolveu, por meio, da eloquência e da retórica uma maneira de fazer jornalismo, mesmo antes de surgirem as teorias, e suas ideias foram expostas no jornal Typhis Pernambucano e nas suas obras