Freguesias Ribeirinhas ao Douro (sécs. XVIII-XIX)
16-05-1998
Freguesias do concelho de Bem Viver ribeirinhas ao Douro (séculos XVIII-XIX)
JOSÉ CARLOS MENESES RODRIGUES*
RESUMO
Invocamos a dialéctica centralização-periferia1, que avoca obstáculos fácticos de ordem física, política e administrativa, entre outros, na mancha territorial ribeirinha ao Douro - Paços de Gaiolo, Penhalonga, Sande, S.
Lourenço do Douro, Magrelos, Alpendorada e Matos, Várzea do Douro e Torrão -, que pertenceu ao concelho de Bem Viver, unidade administrativa que se integrou, em 1852, no emergente concelho do Marco de Canaveses, direccionando-se o plano para a segunda metade do século XVIII e parte do século XIX.
INTRODUÇÃO
1. A POPULAÇÃO
2. A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MUNICIPALISTA
2.1 A consolidação da autonomia municipalista (1790-1836)
2.2 Os coutos e os concelhos
2.3 O concelho de Bem Viver
2.4 Analogia com os concelhos de Soalhães e a vila de Canaveses
2.5 As figuras emergentes do poder central
3. AS COMUNICAÇÕES E O COMÉRCIO
3.1 O Douro e a sua navegabilidade
3.2 As feiras
3.3 Arrifana de Sousa: pólo intermédio de ligação ao Porto
4. O ENQUADRAMENTO RELIGIOSO DAS FREGUESIAS DE BEM VIVER
4.1 As formas de sociabilidade religiosa: as procissões, as peregrinações e as romarias
CONCLUSÃO
* Vereador da Cultura na C. M. do Marco de Canaveses
1
HESPANHA, António Manuel - O Antigo Regime (1620-1807), in « História de Portugal», direcção de José Mattoso, 4.º vol., Lisboa, C. de Leitores, 1993, pp. 9-14.
1
«Eu desci há alguns dias o Douro, não ignorando o privilégio que me fora concedido...Cabedelo...Entre-os-Rios, Penhalonga,
Porto Manso...Barca de Alva, nomes mordidos pelo sol, acariciados pelo orvalho...»
Eugénio de Andrade, Canção do Mais Alto Rio
INTRODUÇÃO
Na época em estudo, a parte substancial do concelho de Bem Viver liga-se ao rio Douro, sendo um dos que, em 1852, integram o actual território do Marco de Canaveses, como corolário do ideário do Liberalismo, que
alterou