Free - futuro dos preços
Gratuidade não significa ideologia, mas, sim, uma opção de um modelo de negócios mais amplo. Essa é uma das constatações a que podemos chegar ao ler Free (grátis): o futuro dos preços, segundo livro de Chris Anderson, autor do fundamental A Cauda Longa (sobre o mercado de nichos potencializado pela internet).
O "futuro dos preços" no subtítulo do livro não foi uma das melhores escolhas e pode levar a conclusões precipitadas e errôneas. O subtítulo original, "the future of a radical price", apesar da singela distinção, faz muita diferença. O grátis, segundo Anderson, será uma opção cada vez mais constante, mas não, necessariamente, regra. A exceção a isso aplica-se justamente ao conteúdo digital, o qual, para o autor, a tendência é tornar-se gratuito, uma vez que seus custos de produção e reprodução tornam-se cada vez mais baixos. Semelhante ao que a Lei de Moore estabelece, de que a capacidade dos processadores duplica a cada 18 meses, os custos de armazenamento, largura de banda e processamento diminuem 50% a cada ano, o que, inevitavelmente, levará os custos de várias empresas que atuam no ambiente digital próximo a zero - tão baixo que não valerá a pena cobrar por ele, oferecendo esse produto de graça.
No entanto, isso é apenas parte do processo de comercialização de produtos e serviços. Como Anderson escreve, "o grátis pode ser o melhor preço, mas não o único". Essa colocação se explica através de modelos de negócios que utilizam o grátis como parte do processo, como os modelos freemium (em que uma pequena parcela dos usuários pagam para obter versões mais completas de um serviço usado gratuitamente em sua versão básica por um grande número de pessoas).
Há muito tempo o grátis tem sido uma importante ferramenta de marketing, mas somente com a popularização da internet pôde ser considerado efetivamente um modelo de negócios. Convivemos com isso diariamente na internet, utilizando serviços de email, publicação de