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1. INTRODUÇÃO
1.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Carbonatitos são definidos como rochas ígneas contendo mais de 50% de minerais carbonáticos. São comuns em complexos de origem magmática associados com rochas alcalinas. A designação “rocha alcalina”, em termos de composição química, inclui várias séries ou associações variando de saturadas a subsaturadas, predominantemente básicas até largamente ácidas, e de sódicas a potássicas. São caracterizadas pela presenca de feldspatóides e/ou piroxênios e anfibólios alcalinos. Rochas associadas são, portanto, sienitos nefelínicos (fonolitos) e ijolitos (nefelinitos), basanitos e rochas gabróicas com feldspatóides, sienitos peralcalinos (isto é, contendo piroxênio e/ou anfibólios alcalinos), quartzo sienitos e alcali-granitos, juntamente com traquitos peralcalinos, comenditos e pantelleritos. Fenitos também são incluidos por causa da sua relação íntima com rochas alcalinas e carbonatitos, assim como certas rochas ultramáficas e melilitos, incluindo alnöitos e melilitolitos (Woolley,
2001).
O continente africano é o mais afetado, não apenas em número mas em área total exposta de carbonatitos e rochas associadas. Das cerca de 450 ocorrências de carbonatitos conhecidos em todo mundo, 40% estão localizados na África (Woolley & Kempe, 1989). Henrich (1966) e
Woolley(2001) fizeram uma descrição sumária de 170 carbonatitos africanos, dos quais 70% estão concentrados no sul da África. Das 272 localidades de rochas alcalinas, incluindo carbonatitos, descritas por Woolley (2001), apenas cerca de 35% foram datadas, com idade predominante do Cretáceo. Muito raramente aparecem idades maiores do que 2000 Ma.
Embora a grande diversidade de rochas alcalinas, com sua mineralogia exótica, bem como sua relação com as estruturas regionais, particularmente riftes, tenham atraído, ao longo dos anos, o interesse de