Fração orgânica de resíduos sólidos urbanos

EN 2121 – RESÍDUOS SÓLIDOS

FRAÇÃO ORGÂNICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Docentes: Dr. Gilson Lameira de Lima
Dra. Luísa Helena dos Santos Oliveira

Santo André
2011
INTRODUÇÃO
O Brasil é responsável por uma produção de 241.614 toneladas de lixo por dia e ainda apresenta um quadro bastante preocupante com relação à destinação final, tendo em vista que 76% não recebem a destinação adequada, sendo depositados a céu aberto. Do total de lixo urbano, cerca de 60 % trata-se de material orgânico que poderia ser reaproveitado como fonte de nutrientes para as plantas por meio do processo de compostagem. (EMBRAPA, 2005)
A compostagem é um processo biológico de decomposição controlada, exotérmica e bioxidativa no qual a matéria orgânica (estrume, papel, restos vegetais,...), num ambiente úmido, aquecido e aeróbio, é transformada por microrganismos autóctones em um composto de matéria orgânica estabilizada que pode ser utilizado como adubo. Além disso, esta técnica tem a produção de dióxido de carbono, água e minerais. Seu uso foi desenvolvido com o intuito de enriquecer solos pobres, aumentar a capacidade de absorção de nutrientes pelas plantas para o estímulo ao seu crescimento, facilitar a aeração do solo para melhor retenção de água e redução das erosões causadas pelas chuvas e ter a função inoculante para o solo, acumulando macro e microrganismos.
Cabe destacar que a técnica exige alguns cuidados que devem ser tomados durante sua realização. Deve-se equilibrar, por exemplo, a quantidade de materiais com maior teor de azoto (material N – composto por nitrogênio) e com maior teor de carbono (material C – composto por carbono), numa relação C/N de 10:1. Além disso, recomenda-se o uso de 75 % de restos vegetais e 25 % de esterco animal para o preparo da compostagem. Trata-se de um processo que pode levar de 90 dias a 1 ano para ser concluído, dependendo da aeração do composto e da umidade que, se forem adequadas, o aceleram. (OLIVEIRA, 2011)
No experimento