Fraude
Há um conjunto de situações tecnológicas e sociais que criam um ambiente propício à fraude. Entre os primeiros há que destacar a importância assumida pela microinformática e as comunicações, as redes à escala mundial. Ao mesmo tempo que crescem as facilidades de comunicação e negócios em tempo real à escala planetária também aumentam os riscos de comportamentos maliciosos, acesso indevido à informação e sua manipulação para fins criminosos. Entre os segundos temos a hipervalorização da racionalidade económica nas práticas sociais e a liberdade de circulação de bens e capitais entre países. Também o ambiente económico e a sociedade são crescentemente sensíveis à fraude:
– A responsabilidade social das empresas está na ordem do dia. A transparência no seu funcionamento é algo que acompanha a evolução da importância das empresas nas sociedades. Os consumidores estão cada vez mais atentos aos comportamentos das empresas, podendo essa sensibilidade assumir forma institucional. Combater a fraude nas, e das, empresas melhora a sua imagem e consolida a sua posição.
– Há um conflito entre a crescente importância da “economia sombra” e os valores da democracia. O apego dos cidadãos à liberdade e à democracia gera uma opinião pública que exige transparência social, que exige detecção, controlo e prevenção da fraude. Esta crescente importância social da fraude e da sua verificação fazem com que aumente significativamente a necessidade de formação em Gestão de Fraude (Fraud Management) da parte de todos os intervenientes nas actividades económicas, sociais e políticas. A Lei Sarbanes-Oxley, aprovada em 2002 nos EUA