Fraude Banco Panamericano
• HISTÓRICO
Em 21 de fevereiro de 1969, o Grupo Silvio Santos adquire o controle acionário da Real Sul S/A, uma empresa que desde 1963 atuava no mercado em São
Caetano do Sul e passou de denominar-se Baú Financeira S/A.
Em 1990 foi autorizado a atuar como banco múltiplo, fundando o então Banco
PanAmericano S/A. O foco do banco era o financiamento ao varejo, cartões de crédito, financiamento de veículos, desconto de duplicatas e empréstimos pessoais. Em 2010 foi descoberta uma fraude nas demonstrações financeiras da empresa que elevavam o valor de seus ativos, gerando um rombo de R$ 2,5 bilhões. O Banco Central, entidade que fiscaliza os bancos no país, desconfiou dos resultados do Banco PanAmericano e ao comparar as demonstrações do banco com outras instituições financeiras que compravam suas carteiras de crédito, percebeu as irregularidades.
O rombo surgiu porque o Banco PanAmericano vendia suas carteiras de crédito, ou seja, os empréstimos que haviam feito, a outras instituições financeiras e não davam baixa nos seus ativos. Exemplificando, um banco acumula o montante de R$ 1,0 milhão de crédito emprestado e decide vender este montante a outra instituição, esta paga ao vendedor o valor suposto de R$
700 mil, considerando o prazo que irá receber os empréstimos e a possível inadimplência. Até aí tudo bem, esta é uma transação normal entre bancos, o vendedor ganha com o recurso que captou avista e o comprador lucra com a diferença entre o valor que pagou e o valor que irá receber dos clientes.
O problema é que o Banco PanAmericano vendia suas carteiras de crédito mas não dava baixa no ativo, gerando um favorecimento nas demonstrações contábeis. Acredita-se que o banco maquiava suas demonstrações para poder emprestar mais e obter maior lucro. À possibilidade do banco ter vendido a mesma carteira de crédito várias vezes. O seu patrimônio então era valorizado e seu resultado apresentava maiores