François Quesnay Salvo Automaticamente
François Quesnay (1964-1774) era um médico francês que tinha interesse pelas questões referentes à Economia. Ele foi um dos precursores da Fisiocracia, um sistema econômico que surgiu no seu país de origem, aliado as ideias do Iluminismo. Os fisiocratas reagiram às imposições do sistema mercantilista e a tradição feudal que ainda era mantida na França.
Os fisiocratas, que tiveram Quesnay como líder, defendiam que todas as atividades humanas deveriam ser mantidas de acordo com as Leis Naturais e o princípio “Laissez-Faire”, que aborda a interferência do governo. De acordo com princípio exposto, a interferência do governo era restrita às questões que abrangiam a estabilidade do livre comércio. Ou seja, se não fosse para facilitar o liberalismo do mercado, o governo não poderia intervir no âmbito econômico, portanto, considerava-se a regulamentação governamental desnecessária.
Além disso, na concepção fisiocrata a agricultura era a válvula propulsora da prosperidade, sendo o segmento comercial e industrial apenas complementos. Nesse contexto, era defendido que a sociedade se dividia em classes sociais com diferentes atribuições e níveis de importância. A classe produtiva que exercia as atividades relacionadas à agricultura; a classe estéril, isto é, que não produzia (indústria e comércio); e a classe dos proprietários de terras, que eram sujeitos aos tributos, já que eram detentores da única fonte de riqueza considerada e não exerciam nenhuma atividade econômica. Contudo, embora enfatizassem as atividades agrícolas, entendiam que havia um vínculo entre tal segmento e os demais segmentos econômicos. Sendo assim, qualquer problema que afetasse a produção de matéria-prima, afetaria o fluxo de circulação de bens e dinheiro, e então, a economia seria prejudicada.
Para explicar essa inter-relação entre as distintas classes econômicas e o fluxo de capital, Quesnay, em 1758, elaborou um trabalho denominado “Tableau