Franz Boas, em seu texto entitulado "Antropologia Cultural", dentro do capítulo sobre "Raça e Progresso", de 1931, busca fazer uma análise extremamente rigorosa do fenômeno da mistura de raças. Ele separou, para fins de reflexão, o índividuo em toda a sua generalidade dentro de seus aspectos biológicos e psíquicos, separando a isto fatores externos como meio social e econômico. É importante definir primeiramente: O que é raça? Em uma visão de senso comum, seria um grupo de pessoas com características biológicas em comum, o que é relativamente satisfatório ao compararmos um branco a um negro. Entretanto, esta defnição é insuficiente ao compararmos um alemão a um britânico, pois aquele pode assemelhar-se ao britânico médio, enquanto este pode ser loiro e de olhos azuis. É natural que dentro da sociedade moderna os indivíduos difiram entre si, tendendo cada vez mais ao desaparecimento das características em comum. Usualmente criamos tipos ideais de cada localidade baseados em uma combinação de formas corporais mais vistas nela, escapando-nos aqueles indivíduos aos quais tais características não se aplicam. Considerando a importância da mistura racial para o desenvolvimento dos EUA e também da europa, F. Boaz questiona o efeito biológico de tal mistura a partir de um vislumbre da hereditariedade, buscando evidências que indiquem, de modo claro, que indivíduos de descendências diferentes geram proles menos vigorosas. Ao se buscar as raízes do povo europeu, percebe-se que uma enormidade de diferentes povos sempre marcaram presença nas diversas classes sociais, das mais baixas até à alta nobreza, o que dificulta a tarefa de mostrar quaquer traço degenerativo que possa ter resultado da mistura racial. Em relação ao funcionamento fisiológico dos indivíduos, ao autor é clara a compreensão de que é impossivel definir qual a raça do indivíduo através de distinções no funcionamento de suas funções fisiológicas, não se pode definir a raça de um indivíduo por conta de