Frankenstein
FRANKENSTEIN
CURITIBA
2014
ANA CLARA DE LENA COSTA ANDRADE
FRANKENSTEIN
Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial à Disciplinas de Literatura inglesa, Curso de Letras – Faculdades Integradas Santa Cruz – INOVE.
Professora: Solange Viaro Padilha
CURITIBA
2014
“Acaso, ó Criador, pedi que do barro
Me moldasses homem? Porventura pedi
Que das trevas me erguesses?”
(John Milton, Paraíso Perdido, X, 743-5)
3. Estabeleça um paralelo entre a epígrafe de John Milton no romance Frankenstein, de Mary Shelley, e as palavras do monstro dirigidas ao seu criador, Victor Frankenstein. Ilustre sua resposta com passagens do texto.
Em 1818, Mary Wollstonecraft Shelley publica sua conhecida obra-prima, Frankenstein, ou o Prometeu moderno, um romance que debate, com influências do Romantismo, os motes do terror gótico. No desenvolvimento da obra, múltiplos temas são abordados, como a amizade (entre Victor Frankenstein, Henry Clerval, e o capitão Walton), o preconceito, a ingratidão, a inveja, a injustiça e o juízo de valor baseado nas aparências externas. Entretanto, adequando-se a diversas leituras e perspectivas, o tema mais recorrente no texto é a relação entre criador e criatura, proposição essa que é permeada de inequívocos pressupostos religiosos. Tal questão é visível na seguinte passagem: “lembrei-me da súplica de Adão ao seu Criador. Mas onde estaria o meu? Ele me abandonara, e na amargura do meu coração amaldiçoei-o”. (SHELLEY, 1818, p. 128). Outro claro sugestionamento, e talvez o mais explícito deles, é a presença e a alusão ao notório livro do poeta John Milton, Paradise Lost (Paraíso Perdido). A citada obra aborda temas que vão ao encontro de todo o encaminhamento literário que Mary Shelley deu a seu texto: a criação do