Francisco Brennand
Em 1917, Ricardo cria a primeira fábrica de cerâmicas da família - a Cerâmica São João - nas terras do antigo Engenho São João da Várzea, no Recife, herança recebida de D. Maria da Conceição do Rego Barros Lacerda, uma prima de sua mãe.
Francisco Brennand, segundo filho de Ricardo de Almeida Brennand e Olímpia Padilha Nunes Coimbra, nasce nas terras do antigo Engenho São João.
Durante o ensino médio, Francisco Brennand desenvolve seu interesse pelo desenho e pela literatura. No mesmo período conhece Débora de Moura Vasconcelos, sua futura esposa, e Ariano Suassuna, seu colega de classe, com quem produzia um jornal literário, encarregando-se de realizar as ilustrações para os textos e poemas de Ariano.
Inicialmente, Brennand acreditava ser a cerâmica uma arte utilitária, menor, e por isso dedicou-se sobretudo à pintura a óleo. Entretanto, ao chegar à França, em 1948, deparou-se com uma exposição de cerâmicas de Picasso, e descobre que muitos dos artistas da Escola de Paris haviam passado pela cerâmica: além de Picasso, Chagall, Matisse, Braque, Gauguin, e sobretudo o catalão Joan Miró.
Já no início da década de 1950, de passagem por Barcelona, Brennand descobre Antoni Gaudí, cujas obras - com suas formas sinuosas e o uso do trencadís, tradicional técnica catalã - causam-lhe forte impressão. Após o seu primeiro período na Europa (1948–1951), Brennand retorna ao