Fragmenta O Urbana
Ao planejar uma cidade, mesmo que não intencionalmente, são criadas identidades, algumas sociais, culturais e econômicas. Como resultado destas criações as classes que residem nessa cidade são subdividas, sejam pelos locais em que vivem, trabalham, estudam, entre outros.
Essa divisão muda a forma da relação cidade x morador, percebe se as discrepâncias que envolvem o meio e seus usuários. È comum termos a impressão que a própria cidade limita alguns de seus residentes, áreas centrais privilegiadas com infraestrutura são designadas a população mais abastada, em contrapartida a classe menos favorecida é quase que obrigada a viver em áreas periféricas, onde muitas vezes não há infraestrutura adequada ou um descaso do estado para com os mesmos.
Essa fragmentação podemos dizer assim, não está relacionada com a área em questão, mas sim com seus moradores, é uma divisão socioespacial onde cidade isola esses usuários. Em Palmas, Tocantins essa separação de classes é bem exemplificada no começo da cidade onde o estado atribuiu a população desfavorecida lotes que ficam a mais de vinte quilômetros do centro da cidade, área que deveria ser utilizada para uma futura expansão da cidade.
È dada a impressão que a cidade é somente essas áreas organizadas, com localização privilegiada, onde há faixas de pedestres, sinalização, segurança, arborização e infraestrutura, e que os locais periféricos devem ser escondidos junto com a falta de segurança, iluminação e tantos outros serviços que deveriam ser de toda a cidade. Esse controle espacial inicia se com o surgimento da cidade, é imposto pelo governo e utilizado como forma de ditar onde cada um pode morar, estudar, trabalhar etc. Ao tentar seccionar a cidade é criado vários núcleos, as cidades dentro da cidade, consequência da adaptação de seus residentes para sanar suas necessidades.
Deve se questionar não só a maneira que planejamos a cidade, levando em