Fracasso Escolar
Por muitos anos, o fracasso escolar foi conceituado considerando o aluno como único responsável por esse processo. Patto (1999) desenvolveu importantes contribuições para romper com o estigma de que fracasso escolar é culpa do aluno ou de sua família e alertou para a presença dos determinantes institucionais e sociais na produção do fracasso escolar.
Em geral, as escolas tem a expectativa de receberem alunos com alguns pré-requisitos, como: disciplina, boas maneiras, hábitos de estudo, boa relação com outros alunos e professores, entre outros. Dessa maneira, quando a criança não atinge tais expectativas, o fracasso é tido como já esperado, pois o aluno foi pré-conceituado como difícil, como aluno-problema, como desatento e despreparado para o desenvolvimento do trabalho escolar. Logo, muitos alunos não conseguem acompanhar a concepção que o professor tem de bom aluno, de aluno ideal.
Porém, apesar de todo o esforço de alguns professores que tentam trabalhar no desenvolvimento de seus alunos sem definir conceitos iniciais, o próprio funcionamento da escola determina através dos resultados escolares o lugar de cada aluno na escola, selecionando e eliminando os que não se adaptam aos padrões definidos.
Como solução para o fracasso destes alunos, a escola opta por reprovar, considerando o aluno como o principal responsável pelo seu