Fracasso escolar
AGOSTO/2011
FERNÁNDEZ, Alicia. Os Idiomas do Aprendente: Análise das modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. p. 23 – 50.
Conforme Alicia Fernández, o maior problema é a busca pelos culpados do fracasso escolar e, a partir daí, percebe-se um jogo onde ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social. A autora nos mostra existe que não existe um culpado para a não- aprendizagem; Se a aprendizagem acontece em um vínculo, se ela é um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada.
“É certo que, muitas vezes, o "fracasso escolar" pode intervir como fator desencadeante de um "problema de aprendizagem" que, de outro modo não teria aparecido. Essa situação, que torna mais complexo e difícil o diagnóstico, exige uma maior responsabilidade e precisão teórica por parte da psicopedagogia. ”(FERNANDEZ, P. 25. 2001)
Alicia Fernández nos lembra que “a culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário”; e coloca que o contrário da culpa é a responsabilidade. Para ser responsável por seus atos, é necessário poder sair do lugar da culpa.
Sobre essa ótica Fernandez afirma que a postura psicopedagógica sobre o fracasso escolar é a de propiciar modalidades de aprendizagem que “ [...] potencializem possibilidades singulares de cada pessoa, oferecendo – lhe espaços em que possa realizar experiências com ensinantes que favoreçam esse processo”.
“A problemática da aprendizagem é uma realidade alienante e imobilizadora que pode apresentar-se tanto individual quanto coletivamente. Em sua produção, intervém fatores que dizem respeito ao socioeconômico, ao educacional, ao emocional, ao intelectual, ao orgânico e ao corporal. Portanto, para sua terapêutica e prevenção, impõe-se o encontro entre diferentes áreas de especialização: