fotografia

Dirigido por Guel Arraes e com a direção fotográfica de Félix Monti, o filme, que também é uma peça, foi escrito por Ariano Suassuna que por sua vez foi apresentada pela primeira vez em Recife em 1956. O filme narrado pelo palhaço, conta a história de Chicó e João Grilo, dois amigos que moram no sertão da Paraíba, no vilarejo de Taperoá (semi-arido), e que tentam convencer o padre a benzer o cachorro da mulher do padeiro, mas aí o padre se recusa a benzer e o cachorro morre. Após a morte do animal, João Grilo diz ao padre que o cachorro tinha um tipo de um testamento que deixava dinheiro para ele se caso rezasse em latim no enterro do cachorro. João Grilo depois aproveita da situação da mulher amar animais e enfia dinheiro num gato e depois vende o gato. Depois que o padeiro descobre, vai na igreja brigar com João Grilo, mas aí aparece o cangaceiro e mata sua esposa, o bispo, o padre e o próprio padeiro. Após toda esta confusão, todos se encontram no céu para o "juízo final" e aí aparecem o Diabo e Jesus para interrogá-los.
Digamos que cada personagem do auto da compadecida tem sua fotografia, porque cada um tem o seu perfil e caráter diferenciado. Por exemplo, o Chicó e João Grilo apesar de estarem sempre se envolvendo em confusões e criando as mesmas, são dois personagens alegres e sempre que surgem as cenas deles, são cenas de fotografia aberta com muita luz natural e que sempre estão com cores quentes que possam demonstrar a alegria dos personagens. Já nas cenas do Cangaceiro, sempre são fotografias com cores mais escuras que possam expressar a maldade. O filme em si tem toda uma luz natural, com um clima de sertão que exige cores alegres e sempre