Fotografia e historiografia
Fotografia e Historiografia
Integrando o projeto de pesquisa “Memórias do Contemporâneo: narrativas e imagens do fotojornalismo do Século XX”, o Artigo intitulado – Genevieve Naylor,fotógrafa: impressões de viagem (Brasil, 1941-1942), Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 25, no 49, p. 43-75 –2055, de Ana Maria Mauad, Doutora em Historia Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Professora do Departamento de História da UFF e Pesquisadora do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense, consiste numa demonstração da utilização da fotografia como fonte e objeto da história; dando ênfase ao jogo de forças políticas e sociais, ressaltando sua interferência na produção de imagens com estratégias de rememoração e/ou tentativas de silenciamento.
Mauad faz uma abordagem histórico-semiótica do trabalho fotográfico de Genevieve Naylor, tratando a obra enquanto imagem-documento e imagem-monumento (LE GOFF). Define o circuito social de produção, como flagrante da ação imperialista norte-americana, manifestada na década de 40, pela Política da Boa Vizinhança, responsável pelo agenciamento do trabalho da fotógrafa no Brasil. Convida ainda, o leitor a pensar sobre a recepção do trabalho de Genevieve Naylor pelo público norte-americano, a partir da inclusão de comentários nas imagens, alerta quanto ao conteúdo de propaganda na veiculação das fotos feitas em jornais norte-americanos.
O texto de Ana Maria Mauad nos permite visualizar com clareza a importância da utilização do método e do embasamento teórico como instrumento de compreensão da presença inevitável de uma carga ideológica na produção de mensagens socialmente significativas.
Mauad revela as tensões sociais que envolveram a elaboração do trabalho fotográfico de Genevieve, e comprova sua afirmação que os textos históricos não são autônomos, necessitando de outros para sua interpretação.
Utilizando-se ainda, de dados sobre a técnica utilizada pela