fotografia no brasil
Monografia apresentada no curso de
Especialização Práxis e Discurso
Fotográfico, da Universidade Estadual de Londrina, como requisito à obtenção do título de especialista.
Orientador: Prof. Dr. Isaac Antônio
Camargo
Introdução
Algumas perguntas e observações sobre a fotografia, seu percurso no reconhecimento como arte, os fotógrafos que as produzem e o mercado hoje estabelecido ao redor da fotografia de arte, trouxeram-me até esta breve explanação do trajeto da fotografia. O percurso escolhido vai desde a sua invenção, à sua aceitação como forma de manifestação artística, à entrada em instituições de arte (museus e galerias) e o mercado que se formou e ainda se forma ao redor destas obras.
Por se tratar de algo na fotografia que ainda é manifesto vivo, apresento informações, mas muito mais que isso tento propor questões e caminhos para serem percorridos e respondidos pelo tempo e pela fotografia.
O surgimento da fotografia O nascimento da fotografia, assim como toda a sua história - afirma Francesca
Alinov - “baseia-se num equívoco estranho que tem a ver com sua dupla natureza de arte mecânica: o de ser um instrumento preciso e infalível como uma ciência e, ao mesmo tempo, inexato e falso como a arte. A fotografia, em outras palavras, encarna a forma híbrida de uma” arte exata “e, ao mesmo tempo, de uma” ciência artística”, o que não tem equivalentes na história do pensamento ocidental” [1]
Nièpce, em suas experiências, traz uma herança artística, patente no uso da câmara escura, no sentido dos valores e do negativo emprestados à gravura e na influência do processo litográfico; uma lógica industrial, derivada sobretudo deste; um vetor científico, presente no uso de lentes de telescópio ou microscópio.
Daguerre e Niépce são confrontados diariamente com a crescente demanda social de imagens, sentem a inadequação dos modos de produção tradicionais e a elas