Forças
A imigração teve inicio no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação da nova terra. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas. A criação do governo-geral em 1549 atraiu muitos portugueses para a Bahia. A parir de então, a migração tornou-se mais constante. A descoberta de minas de ouro e de diamantes em Minas Gerais foi o grande fator de atração migratória. Nos primeiros cinquenta anos do século XVIII entraram, só em Minas, mais de 900.000 pessoas. No mesmo século, os colonos estabeleceram contato com uma população indígena em constante nomadismo. Os portugueses, embora possuidores de conhecimentos técnicos mais avançados tiveram que aceitar numerosos valores indígenas indispensáveis á adaptação ao novo meio. O legado indígena tornou-se um elemento da formação do brasileiro. A nova cultura incorporou o banho de rio, o uso da mandioca na alimentação, cestos de fibra vegetais e um numeroso vocabulário nativo, principalmente tupi.
A formação da sociedade brasileira foi fortemente marcada por grandes deslocamentos populacionais (migrações). O tráfico de escravos, que desde o século 15 transladou mais de 10 milhões de negros africanos para terras americanas, foi o mais importante desses afluxos, deixando marcas profundas em nossa constituição social.
A segunda metade do século 19 assistiu o desenrolar de um processo que ficou marcado como a maior migração de povos de toda a história. Estima-se que entre 1846 e 1875, cerca de 9 milhões de pessoas deixaram a Europa e cruzaram o Atlântico, rumando sobretudo para os Estados Unidos, na esperança de “fazer a América”.
Vê-se que o Brasil, desde a época do seu descobrimento, recebeu estrangeiros como holandeses, portugueses e espanhóis.