Força e poder
Exemplo disso é o poder paternal no qual o pai é visto como autoridade, ou seja, ele ocupa uma posição reconhecida em relação aos outros membros da familia.
Max Weber considera o poder, como um conceito amorfo, heterogênio e sociologicamente indeterminavél, analisando, em contrapartida, o conceito de dominação.
O método de governar em uma tirania consiste simplesmente em anular ou intimidar a todos ou a maior parte dos grupos que lhe são contrários, em benefício dos que lhe são favoráveis, enquanto o exercício do poder político em uma democracia busca ouvir a todos os demais grupos, a fim de conciliá-los, dando-lhes uma posição legal e um sentimento de segurança, por meios dos quais esses grupos possam falar livremente.
A força, costuma-se associar a ideia de algo que se encontra próximo e presente. Ela é mais coercitiva e imediata do que o poder. Fala-se, enfatizando-a, em força física. O poder, em seus estágios mais profundos e animais, é antes força. Uma presa é capturada pela força, e pela força levada a boca. Dispondo de mais tempo, a força tranfoma-se em poder. Mas no momento crítico que, entã, invariavelmente chega – no momento da decisão e da irrevocabilidade -, volta a ser força pura. O poder é mais universal e mais amplo; ele contém muito mais, e já não é tão dinâmico. É mais cerimonioso e possui até um certo grau de paciência. A própria palavra macht deriva de um antigo radical gótico – magam, significando ‘poder, capacidade’ -, e não possu parentesco algum com o verbo machen (fazer.).
Contudo, mesmo numa esfera interamente diversa, na das múltiplas nuances da devoção religiosa, a diferença entre poder e força faz-se