forum
Por Isadora Otoni
No dia 14 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução que obriga todos os cartórios brasileiros a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em São Paulo, a obrigação já existia desde o final de fevereiro, por isso, Amanda Smid e Pryscila de Castro já completaram as bodas de papel antes mesmo da resolução.
Amanda e Pryscila se casaram no dia 13 de abril de 2013 (Acervo Pessoal)
Amanda e Pryscila se casaram no dia 13 de abril de 2013 (Acervo Pessoal)
As esposas já namoravam desde julho de 2012 e sempre pensaram em uma cerimônia para oficializar a união. Foi quando a mãe de Amanda ficou sabendo pela TV Senado que o casamento estava autorizado e comunicou a sua filha. O procedimento foi simples, sem diferenças para um casamento hétero. “Demoraram um mês com a papelada, mas já saímos de lá com data marcada. Nosso casamento foi o primeiro homoafetivo realizado no cartório de Santana e um dos cinco primeiros realizados em São Paulo”, relembra Amanda. Até março deste ano, 701 uniões tinham sido realizadas na cidade, segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP).
Amanda e Pryscila fizeram cerimônia no cartório e no religioso, onde contaram com apoio de amigos e familiares. “Foi a conquista de um direito e a realização de um sonho”, comemora. “Pudemos tirar fotos, ter a certidão de casamento, pude colocar o sobrenome dela no meu e ainda temos todos os direitos de um casal e todo o respaldo do Código Civil.”
A conquista de mais um direito dos homossexuais é comemorada, mas o movimento LGBT não esquece que o preconceito ainda é grande. Toni Reis, presidente do Grupo Dignidade e secretário de Educação da ABGLT (Associação Brasileira de