FORUM AV2 1505

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Segundo Le Goff a memória coletiva é definida como o que fica do passado sendo vivido dos grupos ou o que os grupos fazem do passado.
Salienta ainda, que a sociedade de memória essencialmente oral é diferente da essencialmente escrita e preferir-se-á reservar a designação de memória coletiva para os povos sem escrita, devido a homogeneidade que caracterizava esta sociedade, em detrimento das posteriores a escrita que abarca dentro de uma mesma coletividade, diferenças que nãos as descaracterizam enquanto grupo. O aparecimento da escrita está ligado a uma profunda transformação da memória coletiva permitindo a ela um duplo progresso, o desenvolvimento de duas formas de memória. A primeira é comemoração, a celebração através de um monumento comemorativo de um acontecimento memorável. A outra forma de memória ligada à escrita é o documento escrito, mas podemos dizer que todo documento tem em si um caráter de monumento e não existe memória coletiva bruta.
Neste sentido, o autor salienta que são as camadas dirigentes que filtram o que deve

O historiador francês Jacques Le Goff, em seu livro História e Memória, retrata que nas sociedades sem escrita, a questão da memória ficou relcionada aos interesses do coletivo no que diz respeito aos “mitos de origem” como uma forma de explicar a natureza, os sentimentos e o seu funcionamento, levando-se em conta o “prestígio das famílias dominantes” transmitidos pelos seus familiares e no “saber técnico” sendo repassado através dos ritos de magia religiosa. Com a invenção da escrita a memória é passada de forma coletiva, já que, permite o processo de celebração e comemoração através de algo que represente o passado, uma relíquia e/ou um documento escrito que também é uma forma de monumento que permite registrar ao longo do tempo, a história dos povos “... todo o documento tem em si um caráter de monumento e não existe memória coletiva bruta.”. No Oriente Antigo, as descrições cederam espaço aos