FORUM 1
CURSO DE GRADUÇÃO EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS
ALUNO: RA 1512588
RELATÓRIO DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ATIVIDADE: Participação em fórum de discussão Tem este relatório o objetivo de apresentar minha participação no fórum da Disciplina “O homem e a sociedade I” no dia 09/03/2015. O texto proposto: “Armas contra a violência doméstica: mulheres de Pernambuco dão o alarme quando são surradas” 1. Segue texto:
Apitar diante do perigo não é novidade. Antes mesmo de as mulheres pernambucanas que inspiraram o grupo do Cosme Velho recorrerem ao instrumento contra a violência doméstica, apitaços já eram usados de um modo um tanto distinto no Rio. A ironia é que, nos anos 1980 e 1990, na Praia de Ipanema, a polícia era o “inimigo” que inspirava o barulho. Os apiteiros eram os usuários de maconha das imediações do Posto Nove, que comunicavam a chegada dos policiais por meio de altos silvos.
Em Pernambuco, no ano passado, a ONG Cidadania feminina distribuiu mais de mil apitos só na favela Alto José Bonifácio, no recife. Lá, o modus operandi guarda semelhança com o do Cosme Velho. Se uma mulher apanha, apita, e as outras imediatamente a seguem. Caso ela não possa fazê-lo, e alguma vizinha ouça ou presencie a surra, esta soa o alarme. O objetivo é constranger o agressor e reduzir a violência contra a mulher no estado, onde são registradas mais de dez mil agressões do gênero por ano.
No Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher do ano passado (25 de novembro), as moradoras do Alto uniram-se a outras militantes no Centro da capital pernambucana com seus apitos para fazer um ato público. Deixaram o bairro “descoberto” por duas horas. Enquanto o apitaço ocorria no Centro, no morro onde elas atuam acontecia um estupro. O crime foi denunciado poucos minutos depois de acontecer, durante a manifestação.
Décadas antes das pernambucanas, vítimas de abuso sexual na Bolívia apelaram para os apitos nos anos de 1970. Lá os apitos tenderam a constranger os