Forte do presépio - belém-pa
Após a conquista de São Luis do Maranhão em novembro de 1615, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandres de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira Castelo Branco, partiu daquela cidade para a conquista da boca do rio Amazonas, a 25 de dezembro de 1615, com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas".
Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças, e a lancha grande Assunção -, e menos de duzentos homens, a expedição atingiu a baía de Guajará em 12 de janeiro de 1616 levantado um forte de faxina e terra, com alojamentos cobertos de palha, artilhado com doze peças. Batizado de Forte do Presépio de Belém, núcleo do povoado de Nossa Senhora de Belém, destinava-se a conter eventuais e quaisquer ataques dos corsários ingleses e neerlandeses que freqüentavam a região.
No contexto do levante dos Tupinambás (1617-1621), a povoação e o forte foram atacados pelas forças do chefe Guaimiaba (em língua-tupi, "cabelo de velha"), que pereceu em combate 1619. Danificada, essa primitiva fortificação foi substituída por outra mais sólida, de taipa de pilão e esta, por sua vez, em 1621, por uma terceira.
A nova fortificação foi erguida com um baluarte artilhado com quatro peças, um torreão e alojamento para sessenta praças, sendo batizado como Forte Castelo do Senhor Santo Cristo, ou simplesmente Forte do Santo Cristo (BARRETTO, 1958:35-39).
Arruinada pelos combates e pelo clima, sofreu reparos em 1632 e 1712. A Carta-régia de 30 de maio de 1721 autorizou os seus reparos e de outras fortificações da região, sendo contratado para tal, em Lisboa, o pedreiro Francisco Martins, com um salário de 800 réis por dia. Poucos anos mais tarde, em 1728, o Sargento-mor Engenheiro Carlos Varjão Rolim, foi trazido de São Luiz do Maranhão para dirigir os trabalhos de reconstrução do forte. Novos reparos foram efetuados em