Forno de Indução

1. Correntes de Foucault O princípio físico de funcionamento do forno de indução, antes de suas especificações metalúrgicas de cunho técnico, resume-se às correntes de Foucault. Uma massa metálica maciça, quando imersa em um campo magnético variável, é submetida a uma força eletromotriz induzida, segundo a Lei de Faraday. Essa tensão elétrica, devido à resistência ôhmica e relutância magnética inerentes ao material, ocasiona uma série de percursos fechados no interior da massa metálica. Essas correntes de fuga ou “parasitas” são denominadas Correntes de Foucault e, naturalmente, por efeito Joule, dissipam uma potência que é empregada para fundir peças metálicas em um forno de indução.
2. Operação O forno de indução funciona, basicamente, como um transformador: uma bobina de material ferromagnético (eletroímã) executa o papel do primário e a peça a ser fundia executa o papel do secundário, constituindo a carga conectada ao circuito que está acoplado magneticamente. Submetida a uma tensão alternada senoidal de alta frequência, a bobina induz um intenso fluxo variante no espaço que a circunda. A peça de metal, como é condutora, apresenta uma resistência muito inferior à da bobina, constituída de várias espiras. Em função do acoplamento magnético similar ao do transformador, a tensão é extremamente reduzida no secundário, pois a peça de metal atua como uma bobina de uma única espira. Contudo, a potência se conserva, e sobre a carga é aplicada uma corrente muito elevada, que permite a fusão da massa metálica, através do fenômeno das Correntes de Foucault. Ademais, se a peça metálica for ferromagnética haverá maior dissipação de energia na carga. Isso se dá em função da rápida magnetização e subsequente desmagnetização do material, devido à histerese, provocando grande fricção molecular. Logo, mais trabalho é realizado, diretamente proporcional à área sobre a curva do gráfico B X H. Deve-se atentar ao ponto Curie da substância.

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