Formação e Evolução da Rede Urbana Brasileira
A rede urbana brasileira evoluiu de tal forma que ao longo do século XX tornou-se bastante heterogênea, principalmente no que diz respeito a uma das suas principais características, o tamanho dos seus nós. Neste sentido, baseado em dados mais recentes, o objetivo deste breve apontamento é traçar em linhas gerais a configuração da rede urbana brasileira segundo a população das cidades, desde a grande metrópole até a pequena cidade que não faz parte de nenhuma região metropolitana.
É importante lembrar que a população das cidades com população superior a 100 mil habitantes, entre 1950 e 2000, passou de pouco mais de 8,5 milhões para mais de 120 milhões e o número de cidades passou de 13 para 120, o que evidencia o caráter extremamente concentrado do processo de urbanização brasileiro. Fonte: IBGE, vários Censos Recentemente a contagem populacional de 2007 e as estimativas realizadas pelo IBGE revelaram que o número de pessoas vivendo nas metrópoles brasileiras passou de 53,1 milhões para 70,2 milhões nos últimos 16 anos. A cada ano, portanto, à população metropolitana brasileira acrescenta‐se aproximadamente 1 milhão de habitantes. Com isso a população das metrópoles, que em 1991 compreendia 36,2% do total do país, passou a somar 38,2% em 2007, segundo o IBGE.
Municípios com mais de 100 mil habitantes e que não fazem parte das 17 maiores metrópoles3 possuem também uma enorme capacidade de atração e consequentemente de crescimento. Entre
1991 e 2000 as chamadas cidades médias aumentaram a sua população em 5,0 milhões de pessoas a uma taxa de crescimento de crescimento geométrico anual de 2%. Embora o ritmo de crescimento tenha arrefecido, nos últimos sete anos, a população nestas cidades continuou a crescer de maneira mais acelerada tanto quanto nas metrópoles. Enquanto estas últimas apresentaram crescimento de
1,5% a.a, entre 2000 e 2007, as cidades