formação profissional
COMPETÊNCIAS: profissão, assistente social
Silmere Alves Santos de Souza1
Contata-se nos dias de hoje, vários avanços tecnológicos em diversas áreas que impactam significativamente o modus vivendi das pessoas e das profissões. Segundo Giddens2 (1999), no mundo do trabalho, tal impacto pode ser analisado considerando o processo de reestruturação produtiva. Para Castells3 (1999), a inserção da tecnologia da informação no processo de trabalho altera as práticas de trabalho e da organização da produção e passa-se a exigir maior liberdade para trabalhadores mais esclarecidos atingirem maior grau de produtividade alcançando todo o potencial das novas tecnologias. Assim, aumenta a importância dos recursos do cérebro humano no processo de trabalho que exige cooperação, trabalho em equipe, autonomia e responsabilidade dos trabalhadores. Conseqüentemente, a inserção de novas tecnologias nos processos produtivos redefine os processos de trabalho e o perfil dos trabalhadores e, portanto, novas qualificações educacionais passam a ser exigidas no processo de formação profissional de nível superior.
Hirata4 (1994) analisa como o tradicional conceito de qualificação estava relacionado aos componentes organizados e explícitos da qualificação do trabalhador: educação escolar, formação técnica e experiência profissional. Ou seja, relacionava-se, no plano educacional, à escolarização formal e aos diplomas correspondentes. Já no modelo das competências, da sociedade flexível, segundo a autora, importa não só a posse dos saberes disciplinares escolares ou técnicoprofissionais (qualificação formal, conhecimento formal), mas a capacidade de mobilizá-los para resolver problemas e enfrentar os imprevistos nas situações de trabalho. Desta forma, assumem extrema relevância, as qualificações tácitas ou sociais e a subjetividade do trabalhador, componentes não organizados da formação que incluem habilidades cognitivas e