Formação Pessoal e SOcial

Num mundo em que tudo é visível e controlável, o Educador Social não tem razão de existência, na medida em que, flagelos sociais, como o terrorismo, a exclusão, a pobreza, etc., passam a ser “espectacularizados” e perspectivados com uma certa indiferença social. E isto porque, a esfera privada tem vindo a perder terreno na vida social contemporânea e a ser constantemente vigiada e controlada pelos olhares dos atores e dirigentes sociais, em grande parte devido ao crescimento exponencial das media que procuram a todo o custo penetrar nos mais diversos e recônditos domínios da vida social e dá-los a conhecer a todo o grande público...assiste-se a uma espécie de “secret story da vida social” cujos principais atores desse “reality show” somos nós, cidadãos. Assim, o Educador Social é um profissional dos direitos humanos que lida com os outros de acordo com os valores em voga na sociedade atual, constituída por duas facetas: a dos dominantes e a dos dominados.

Valores

Entende-se o valor como uma questão inevitável, na medida em que é incontornável nas nossas vidas e em qualquer debate. É o “dever ser”, que difere de indivíduo para indivíduo, apesar de se poder definir o quadro de valores de uma sociedade (uma vez que existem valores absolutos). O “dever ser” tem que ser retirado pelo sujeito em casa situação e vivência. O valor será constituído pelo sujeito perante os outros, em liberdade.
Valor é algo que consideramos desejável, envolvendo uma aspiração/ambição ao qual se quer chegar e uma representação/reprodução daquilo que somos. É um domínio abstrato que condiciona os factos, no fundo, as “provas” de algo. É uma representação não só individual, que serve como instrumento aquando da seleção dos nossos comportamentos, mas também social, porque reflete o contexto sociocultural e as identidades sociais de cada indivíduo. Valores são, também, símbolos partilhados por comunidades, que expressa crenças compartilhadas e que funcionam como regras sem que haja um