Formação economica 2
– Estado e Economia na Crise da Democracia( Octavio Iane)
Os anos de 1961-1964 foram importantes para as relações entre Estado e economia por serem anos de crise, gerados a partir do tipo de desenvolvimento econômico adotado no Brasil.
A crise se agravou tanto na política quanto na economia, a inflação na economia passou a ser o principal vilão responsável pela ocorrência dos desajustes. Com o fim da substituição de importações, os governantes estavam na busca de novos programas de desenvolvimento.
A dificuldade de se estabelecer novos programas estava na opção por políticas subjacentes a qualquer política econômica governamental. O governo deveria optar por favorecer a expansão do capitalismo ou nacional ou acelerar a internacionalização. Porém dos governos de Jânio Quadros e João Goulart não estavam e condições de resolver as contradições herdadas do governo JK.
Nestes dois governos, a política econômica não chegou a configurar-se como um sistema de diretrizes coerentes várias medidas eram tomadas pois os problemas se multiplicavam em escalas aceleradas.
Quanto a crise política, observou-se uma radicalização das posições entre os partidos de direita e esquerda, os grupos e partidos políticos de centro, do tipo liberal, perderam significação. Ocorreu uma intensa politização das massas urbanas, classe média e proletariado. No governo de Goulart as forças políticas e militares impuseram um regime parlamentarista para reduzir a capacidade de decisão do presidente, a crise não se resolveu nem com a realização de um plebiscito nacional, por meio do qual foi restaurado o presidencialismo. Apenas ocorreu uma acomodação política aparente que se resolveu somente com o golpe de estado em 1964.
A politização das massas se acelerou também devido as campanhas de reinvindicação salarial e também devido a propagação do debate em torno das reformas de base. Surge o dilema do divórcio entre o Legislativo baseado no poder gerado pela posse de terras