Formação do reino de Portugal
Entre os séculos XI e XIII, as lutas entre cristãos e muçulmanos foram muito renhidas. Vários reinos e condados cristãos se formaram então, como se pode observar no mapa (fig.1).
Os reis cristãos da Península Ibérica pediam ajuda a outros reis da
Europa que enviavam cavaleiros cristãos - os Cruzados. Entre estes cruzados destacaram-se D. Henrique e D. Raimundo, dois cavaleiros franceses.
Como recompensa pela ajuda prestada na luta contra os muçulmanos, o rei de Leão (D. Afonso VI) deu a D. Raimundo o
Condado da Galiza e uma das suas filhas, D. Urraca, (filha legítima) para casar; a D. Henrique, o Condado Portucalense e outra sua filha
(filha ilegítima), D. Teresa, em casamento, no ano de 1096.
O Condado Portucalense
O Condado Portucalense situava-se entre os rios Minho e Mondego e tinha a sua sede no Castelo de Guimarães. A D. Henrique competia a defesa e o governo do Condado.
Apesar de tudo, o Condado Portucalense era dependente do reino de Leão, pois devia obediência, lealdade e ajuda militar ao rei de
Leão, que era o governante máximo.
D. Henrique sempre teve como ambição a independência do
Condado Portucalense. O mesmo morreu muito novo, não conseguindo o que queria.
Com a morte de D. Henrique, quem ficou a governar foi D. Teresa uma vez que o seu filho D. Afonso Henriques ainda era muito novo.
A subida ao trono de D. Afonso Henriques
D. Teresa, que também pretendia a independência do Condado, pediu para tal ajuda à nobreza da Galiza. Os nobres portugueses, não concordando, convenceram D. Afonso Henriques a revoltar-se contra a mãe.
Formaram-se então dois "partidos": um, a favor de D. Teresa; outro, a favor de D. Afonso Henriques. Os dois "partidos" confrontaram-se na Batalha de S. Mamede (em 24 de Junho de 1128), próximo de Guimarães, tendo D. Afonso Henriques saído vencedor e passando a assumir o governo do Condado.
A Luta pela Independência
A D. Afonso Henriques não