Formação de subjetividade
Há uma prática que se chama INTUIÇÂO.
Essa noção de intuição, ela é inicialmente pensada em termos de deus, no sentido de que deus tem o poder de intuição. Então deus seria aquele que teria o poder da intuição. E essa intuição em Deus é chamada de intuição originária. No seguinte sentido: é que a intuição é uma prática de conhecimento. Aquele que esta intuindo, está produzindo um conhecimento. É deus quando faz a intuição dele, essa intuição divina, ela simultaneamente gera o objeto. Ou seja, deus quando fez a intuição dele, simultaneamente produz o objeto. Em deus a intuição não é apreender alguma coisa. Em deus a intuição é: ela intui, produzindo alguma coisa.
Agora, a intuição no homem, que é chamada de intuição finita, os seres tem o poder de intuição à semelhança de deus, mas a intuição humana é uma intuição finita que pressupõe o objeto. Então, o homem quando intui, há um pressuposto, a pré-existência de um objeto.
O problema aqui é se opor os dois tipos de intuição: uma intuição que gera o objeto e uma intuição que eu vou passar a chamar de intuição finita, que é uma intuição que pressupõe a existência de um objeto. Então, toda intuição humana, toda intuição finita, traz um pressuposto, o objeto.
Quando no séc. XIX começam a organizar as teorias de conhecimento que vão gerar todo o campo das ciências, essa teoria parte de um pressuposto. O pressuposto que ela parte é a intuição finita. Ou seja, que o sujeito humano para conhecer, ele tem origem do conhecimento, como fundamento do conhecimento, a intuição.
Qual a conclusão que nos chegamos aí? Nos chegamos a conclusão que não há conhecimento sem intuição. É essa a primeira conclusão. E a segunda conclusão: que o conhecimento é o conhecimento das coisas que pré-existem. O conhecimento é aquilo que lida com as existências