Formação de professores e inclusão
Um enfoque crítico em relação à formação de professores no Brasil, a carência de profissionais qualificados e as limitações de recursos pedagógicos. Para professores despreparados em lidar com alunos portadores de necessidades educacionais especiais é mais fácil fazer o encaminhamento aos especialistas do que buscar por ele mesmo uma qualificação para enfrentar tal desafio. Esse é mais um motivo para o aumento da discriminação no sistema escolar, por existirem educadores que estão acostumados a repassar o “problema” para outros colegas especializados, não recaindo sobre seus ombros o peso de suas limitações profissionais. A decisão pela construção de um sistema educacional inclusivo, referindo-se à formação não somente intelectual como também para a vida como um todo, já foi tomada no Brasil e encontra-se apoiada em nossa Legislação. Como diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Art.59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: […] IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora. A inclusão escolar pode gerar uma crise de identidade na instituição, desconstruindo o sistema atual de significação escolar excludente o normativo com seus novos mecanismos de produção da identidade e da diferença. Segundo Mantoan (2003,p.69), […] ao serem modificados os rumos da administração escolar,os papéis e a atuação do diretor, coordenadores, supervisores e funcionários perdem o caráter controlador, fiscalizador e burocrático e readquirem teor pedagógico, deixando de existir os motivos pelos quais esses profissionais ficam confinados em seus gabinetes, sem