Formação de Portugal
Introdução
Na obra “Formação de Portugal”, Orlando Ribeiro descreve, como o título indica, a formação de Portugal, isto é, a construção de uma nação cujas fronteiras se mantém inalteráveis desde o século XIII, sendo o país com a fronteira mais estável e antiga do mundo. Apesar de Orlando Ribeiro explorar diferentes teorias ou controvérsias, algumas delas sem qualquer fundamento, acerca da formação de Portugal, neste trabalho centrar-me-ei apenas no tema primordial (formação de Portugal). A estrutura do trabalho basear-se-á, basicamente, em quatro temas: os povos agro-pastoris da Península Ibérica, incluindo os povos visitantes; a romanização; os muçulmanos e, por fim, a Reconquista Cristã, que deu origem a Portugal que conhecemos hoje.
Formação de Portugal Portugal, sendo situado na Península Ibérica, na Europa, fazendo fronteira com Espanha e tendo uma costa litoral de norte a sul, banhada pelo oceano atlântico, foi povoado por pré-históricos, como é óbvio. Posteriormente, a Península Ibérica foi habitada por vários povos agro-pastoris que deixaram um grande contributo para o desenvolvimento da população, pois parece que estes correspondiam a um nível social e económico superior. Os mais importantes foram os Celtas e os Iberos. Os celtas, uma civilização agrária elaborada na Europa média, fixaram-se a norte do Douro, deixando vestígios em nomes de lugares, de pessoas e de deuses. Os Iberos, que deram nome à Península, representando nela um elemento muito importante, fixaram-se a sul. Sofreram influências da África do Norte e da colonização grega, assimilaram muito das civilizações indígenas e apareceram bastante diferenciados na maneira de viver. Estes dois povos foram responsáveis pela introdução da técnica do fabrico do ferro na Península, bem como a arte de trabalhar no ouro. Com o tempo, Celtas e Iberos misturaram-se dando