Formação de leitores
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Formação de Leitores
O principal papel da linguagem é a comunicação, a expressão do pensamento ou da subjetividade. Independente dessas concepções o mais importante é a necessidade do indivíduo exprimir-se, exteriorizar-se, ser um enunciador. Este por sua vez precisa ter destinatários com atitude responsiva ativa, do qual se espera que ele concorde ou não com o que ouve, que complete e adapte o que está sendo dito, um processo constante desde o início do discurso o qual está submetido a compreender e executar em situações apropriadas o que conseguiu associar.
Considerando que o enunciado sempre será uma réplica do que já foi dito por enunciadores anteriores há um dialogismo entre os enunciadores. Se há uma relação dialógica mesmo assim a primeira característica é ter um autor permitindo ser objeto de uma resposta.
O enunciado comumente é chamado de discurso. A compreensão é um dos primeiros passos do processo de leitura de um discurso, que por sua vez pode ser escrito, oral ou visual. Partindo à interpretação as associações não podem ser livres, pois devem buscar conexões internas ao texto intratextualizando com outros para controlar as leituras possíveis que o autor permitiu sem conceder espaço para equívocos. Buscar em um próximo momento a intertextualidade entre o discurso proposto e a leitura de mundo do leitor-ouvinte permite uma análise sólida em comunhão com o cotidiano do mesmo.
A última operação do processo de leitura é a atividade responsiva ativa por parte do ouvinte-leitor que vai constituindo-se discursivamente, absorvendo as várias vozes sociais, tornando-se constitutivamente dialógico, desde que se abra incessantemente à mudança a partir da leitura. Ler, em uma concepção dialógica, é construir um novo enunciador.
Um novo enunciador é um constante destinatário que passou pelo processo de formação de leitor, que se caracteriza