Formação de Hábitos Alimentares
A alimentação do homem foi, a princípio, moldada pelos recursos disponíveis a ele, assim, seus hábitos alimentares foram condicionados à disponibilidade de alimentos regional, que variam de acordo com as condições naturais do local que habita. E esses hábitos se tornam sólidos devido à repetição frequente e duradoura de um ato, uso ou costume (ABREU; VIANA; MORENO; TORRES, 2001). Porém, as condições naturais não são as únicas a moldar um hábito, ele também tem influência religiosa, histórica, econômica e da globalização, entre outros.
Durante a pré-história, como o homem era nômade, os hábitos alimentares dependiam unicamente das condições naturais e para matar a fome, portanto, viviam da caça, pesca, frutos, vegetais, cereais silvestres, etc., que encontravam, assim estavam sujeitos à escassez de alimentos e migrações de animais, o que o obrigavam a mudar de local. Aos poucos, o homem trocou a vida nômade pela vida em pequenas aldeias, aprendeu a colher e domesticar pequenos animais, iniciando-se na vida pastoril. Dispunha, então, de carne, leite, tirava a manteiga, coalhava o leite, fazia queijo, fiava a lã, tecia agasalhos (ORNELLAS, 2000). Com isso seu modo de vida mudou, portanto, seus hábitos alimentares também, pois com a domesticação dos animais já não precisava mais caçar e deles obtinham outros produtos, que antes com a vida nômade não era possível, como a manteiga, o queijo, além do aprendizado de novas técnicas de produzir e conservar alimentos.
Através da evolução dos utensílios e objetos que proporcionavam maior facilidade para simplificar tarefas e ampliar sua eficácia, e da descoberta do fogo, surgiram os alimentos assados e cozidos, que transformaram a alimentação, assim abriu-se um leque de oportunidades, o alimento saiu do cru para o cozido. O alimento se tornou comida, passou do estado de selvageria para o universo socialmente elaborado que a sociedade humana define como sendo o de sua cultura, de sua