Formação de gestores para o fortalecimento dos conselhos de escola
Mirna Elisa Bonazzi (Taboão da Serra,SP)
1. Problema e diagnóstico do problema
Após estudos realizados no “Curso de Formação Continuada em Conselhos Escolares”, ministrado a distância, através de parceria entre o MEC e a Ufscar, aprofundamos nossa percepção sobre a importância da formação dos gestores como caminho para o fortalecimento da gestão democrática e participativa, e, consequentemente, dos Conselhos de Escola (denominação do conselho escolar das escolas públicas da rede estadual paulista, conforme artigo 95 da Lei Complementar nº 444 de 1985). Nessa mesma direção, vimos que a ação supervisora exercida pelo supervisor de ensino e pelos professores coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias de Ensino da Secretaria de Estado da Educação são fundamentais para formação dos gestores escolares. Para que a escola possa tomar os rumos de seu próprio destino, construindo cotidianamente seu projeto político pedagógico, faz-se necessário oferecer as condições para a busca dessa autonomia. Segundo Azanha (1993, p.45):
As práticas da vida escolar estão ligadas a uma mentalidade vigente. Por isso, dissemos que a questão da autonomia não se esgota num conjunto de condições. É preciso que a busca da autonomia seja, em cada Escola, uma oportunidade de revisão dos compromissos do magistério com a tarefa educativa.
No processo de diagnóstico da situação dos conselhos escolares constatamos que das 70 (setenta) unidades circunscritas na Diretoria de Ensino da Região de Taboão da Serra – rede estadual de São Paulo- ainda há 18 (dezoito) escolas com conselhos não consolidados, representando 25% do total. Percebemos que a maior dificuldade para essa consolidação é a falta de conscientização dos diretores de escola que não valorizam a gestão participativa e democrática. Julgamos que os Diretores de escola são peças fundamentais para que haja mudança nessa condição, de forma que comecem a